Associação Brasileira da Construção

Industrializada de Concreto

Industrializar em Concreto 8 - agosto de 2016

DE OLHO NO SETOR

8º IABMAS aproxima teoria da prática na construção e gestão de pontes

Entidades nacionais apoiadoras do evento, Ibracon e Abcic ressaltaram o trabalho realizado pela engenharia nacional no segmento


Presidente do IABMAS Dan Frangopol visita o stand compartilhado Abcic e IBRACON


A 8ª Conferência internacional sobre Manutenção, Segurança e Gestão de Pontes (IABMAS-2016), conforme previsto pela organização do evento, de fato aproximou a teoria da prática nos tópicos propostos nos inúmeros trabalhos apresentados a um púbico composto por 300 profissionais, de 20 países, entre acadêmicos e pesquisadores de distintas nacionalidades, congressistas e palestrantes. 
Realizado de 26 a 30 de junho, em Foz do Iguaçu (PR), o Instituto Brasileiro do Concreto (Ibracon) e a Abcic - entidades nacionais apoiadoras - foram representados por seus respectivos presidentes Júlio Timermann e Íria Doniak, membros da diretoria e associados, difundindo a engenharia nacional na área de pontes, por meio também de um estande institucional compartilhado (foto), que teve como destaque duas importantes obras, que já foram capa da Revista Concreto & Construções: o complexo Itaguaí, no Rio de Janeiro, um grande desafio para as estruturas pré-fabricadas de concreto, e a Ponte Laguna, no Rio Pinheiros, em São Paulo, concretada com tecnologias especiais de cimbramento.
O evento contou com oito palestras magnas, destacando-se a palestra ministrada por Dan Frangopol, presidente do IABMAS, sobre o ciclo de vida e custos das pontes, durante a sessão de abertura. Ele enfatizou que a sustentabilidade passa por um adequado gerenciamento das obras existentes para que possa prever as condições ao longo da vida útil, de tal forma que as intervenções necessárias possam ser realizadas ao menor custo possível. Apresentou ainda métodos utilizados para que as decisões possam ser tomadas de acordo com uma base de dados confiável. 
Outra palestra de grande relevância e apresentada de forma simples, clara e didática por Miguel Astiz, da Universidade Politécnica de Madri, abordou a respeito do estabelecimento de uma política de monitoramento para as pontes estaiadas expostas a diferentes ambientes, uma vez que as vibrações e variações de temperatura podem influir de forma significativa ao longo da vida útil e com parâmetros estabelecidos por distintos intervenientes do processo tais como os proprietários da obra, as concessionárias quando aplicável, os projetistas e os executores. "Esse tema é de grande aplicabilidade no momento em que o Brasil passa a ter obras de norte a sul com esta tecnologia", disse Íria Doniak, presidente-executiva da Abcic.
Outros destaques da Conferência foram os trabalhos nacionais apresentados durante a sessão de técnicas de reabilitação e reforço de estruturas de pontes existentes, presidida por Júlio Timermann, presidente do Ibracon: Reforço com tecido de fibras de carbono em aberturas retangulares em vigas de concreto armado (E.E.Matar –EPUSP), Segurança de Estruturas Existentes (F. Stucchi – EPUSP/EGT), Alargamento e Reforço de Pontes Existentes - A Experiência Brasileira (J.A.P. Vitório - Escola Politécnica de Pernambuco) e três cases Tiete-Paraná (M. Freire - Fare & Associados), Ponte sobre o Rio Samambaia (A. Bertrand – Engeti), Ponte Pênsil de São Vicente (R. Timerman Engeti/FHECOR). Todos os trabalhos estão publicados na íntegra nos anais do evento.
Segundo Íria, para o setor de estruturas pré-fabricadas de concreto foi relevante a sessão sobre Accelerated Bridge Construction (ABC), que trouxe inovações e implementações, com destaque especial para um trabalho comparativo (vide Artigo Técnico) entre as estruturas pré-fabricadas de concreto e as estruturas moldadas no local, apresentado por Jens Jensen, vice-presidente da COWI, na Dinamarca. “Ele abordou com muita propriedade as vantagens e desvantagens, além da aplicabilidade de ambas as tecnologias, numa ampla perspectiva englobando o ciclo de vida, impactos ambientais, custos de execução e de manutenção”, explicou. 

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