Associação Brasileira da Construção

Industrializada de Concreto

Industrializar em Concreto 19 - julho de 2020

ARTIGO TÉCNICO

AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE ENTRE A DUREZA E O MÓDULO DE DEFORMAÇÃO TRANSVERSAL EM APARELHOS DE APOIO ELASTOMÉRICOS SIMPLES EM ESTRUTURAS PRÉ-MOLDADAS DE CONCRETO

Figura 5: Gráfico tensão x deformação para o modelo A-1 descontando os deslocamentos iniciais para a série 0

Pode-se verificar que uma vez que o escorvamento é realizado, as deflexões medidas posteriormente representam bem o comportamento do aparelho de apoio elastomérico, anulando, ou ao menos reduzindo os efeitos da acomodação inicial. Logo, para os modelos ensaiados posteriormente no programa experimental da pesquisa, foram descontados os deslocamentos para a primeira série de carregamentos.
Visto isso, foi realizado o ensaio do modelo referente ao Lote B. Aplicou-se, nesse modelo, uma carga de ensaio de 467,2 kN, que foi atingida em aproximadamente 5 minutos a uma velocidade em torno de 100 kN/min. A Figura 6 ilustra as três séries de carregamentos à compressão para o modelo B-1.

Figura 6: Gráfico tensão x deformação para o modelo B-1

6. ANÁLISE DOS RESULTADOS
6.1 Relação entre o módulo de elasticidade obtido experimentalmente e segundo a ABNT NBR 9062:2017
De acordo com a ABNT NBR 9062:2017, a deformação por compressão dos aparelhos de apoio elastoméricos simples, pode ser expressa pela Equação 7. 

Dessa forma, o módulo de elasticidade do aparelho de apoio elastomérico não fretado, segundo a ABNT NBR 9062:2017, pode ser expresso pela Equação 8.

Para o caso da obtenção experimental do módulo de elasticidade, foram utilizados os gradientes das curvas obtidas nos ensaios de compressão, conforme apresenta a Equação 9, para o intervalo de tensão apresentado na Equação 10

Para a análise dos ensaios de compressão, primeiramente, foram obtidas curvas teóricas com base na expressão para o cálculo da deformação por compressão da ABNT NBR 9062:2017 (Equação 7), com variações no valor do módulo G de 1 MPa e 0,9 MPa, correspondentes à Dureza Shore 60 A. 
Na sequência foram calculados os valores do módulo de elasticidade, conforme a expressão da ABNT NBR 9062:2017 (Equação 8) para as mesmas variações no módulo de deformação transversal G. Por fim, foram calculados os valores do módulo de elasticidade aparente, através da utilização dos gradientes definidos para as curvas ensaiadas (Equações 9 e 10). 
Nas Figuras 7 e 8 são apresentadas as séries de carregamentos à compressão para os modelos ensaiados e também as curvas teóricas obtidas segundo a ABNT NBR 9062:2017. Além disso, estão apresentados os gradientes para o cálculo do módulo de elasticidade aparente.

Figura 7: Relação entre as curvas obtidas nos ensaios e segundo a ABNT NBR 9062:2017 para o modelo   A-1

Figura 8: Relação entre as curvas obtidas nos ensaios e segundo a ABNT NBR 9062:2017 para o modelo  B-1

A Tabela 5 apresenta os valores dos módulos de elasticidade obtidos experimentalmente e segundo o equacionamento da ABNT NBR 9062:2017.

Através das figuras apresentadas anteriormente, pode-se observar que, para os modelos dos Lotes A e B, as curvas obtidas experimentalmente apresentaram inclinações semelhantes ou superiores às curvas teóricas obtidas através da expressão da ABNT NBR 9062:2017, variando o módulo G em 1,0 e 0,9 MPa. Além disso, conforme apresentado na Tabela 5, os valores obtidos para o módulo de elasticidade aparente também foram próximos ou superiores em relação ao módulo de elasticidade obtido através da expressão da norma para esses lotes. 
Portanto, conclui-se que a expressão adotada pela ABNT NBR 9062:2017 se mostrou satisfatória para avaliar a deformabilidade do aparelho de apoio elastomérico não fretado, sendo adequada para a verificação da deformação por compressão no limite elástico de 15%, mesmo para pressões médias de contato na ordem de 7 MPa.
6.2    Verificação de conformidade do módulo de deformação transversal obtido experimentalmente
O módulo deformação transversal aparente do aparelho de apoio elastomérico não fretado pode ser obtido através do módulo de elasticidade aparente, conforme expressa a Equação 11.

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