Associação Brasileira da Construção

Industrializada de Concreto

Industrializar em Concreto 14 - outubro de 2018

DE OLHO NO SETOR

Coalizão pela Construção reúne os principais candidatos à Presidência

Abcic participa do movimento e esteve presente no evento, por meio da participação de sua presidente executiva Íria Doniak

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

José Carlos Martins, presidente da CBIC, durante pronunciamento a 340 empresários e lideranças da construção civil

A Coalizão pela Construção, formada por 26 entidades da indústria da construção, promoveu no dia 6 de agosto, em Brasília, o encontro O Futuro do Brasil na Visão dos Presidenciáveis 2018, com a presença dos principais candidatos à Presidência da República – Marina Silva (REDE), Geraldo Alckmin (PSDB), Álvaro Dias (PODEMOS), Ciro Gomes (PDT) e Henrique Meirelles (MDB) – e 340 empresários e lideranças do setor.
“Queremos saber o que o setor da construção pode contribuir para melhorar o País”, destacou o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e porta-voz da Coalização, José Carlos Martins, lembrando que o setor da construção ou é a locomotiva ou o freio da economia nacional.  Em 2017, por exemplo, o Produto Interno Bruto (PIB) do setor da construção (0,5%) acabou puxando o PIB nacional para baixo, mesmo após sua alta (1,0%), “o que demonstra a importância do setor para desenvolver o País”, enfatiza.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

José Carlos Martins, presidente da CBIC, e Íria Doniak, presidente executiva da Abcic, em evento da Coalizão pela Construção

 

A Coalizão pela Construção defende a participação da Indústria da Construção no debate sobre o futuro do Brasil, propondo soluções viáveis e efetivas para reaquecer o setor e resgatar o desempenho das suas empresas, é essencial para o País. A Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto (Abcic) participa desse importante movimento. 
No evento, foi ressaltado que quando o governo cria programas de estímulo à construção, imediatamente o setor responde com a geração de empregos para a sociedade brasileira. Isso ocorreu com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), de 2006 para 2007, e com o Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV), em 2009, o que fez com que a construção civil alcançasse 3,09 milhões de empregos em 2014. “O Minha Casa Minha Vida gera 450 mil empregos diretos, além disso tem a capacidade de envolver empregos em outros 62 segmentos da economia”, avaliou Martins, mostrando o impacto do setor da cadeia produtiva horizontal que tem uma grande capacidade de propagação. Ele também citou o custo das obras paralisadas, destacando que 0,65% do PIB potencial foi perdido, o que significa R$ 42,4 bilhões por ano que poderia ter sido gerado de riqueza.
Sobre as necessidades do setor da construção, o presidente da CBIC afirmou que “não estamos pedindo absolutamente nada ao governo. O que precisamos é de segurança jurídica – que se aprove a Lei de Licenciamento ambiental; a Lei de Abuso do poder, a Lei de Licitações, os vetos do presidente Temer ao Projeto de Lei do senador Anastasia. O que tem inibido o investimento, o que poderia suprir a falta de investimento do setor público”, mencionou. Além disso, ponderou que é preciso ter crédito, planejamento e estímulo ao capital privado.
O evento O Futuro do Brasil na Visão dos Presidenciáveis 2018 foi dividido em cinco painéis, mediados por Fernando Rodrigues, do Poder 360, e com a participação dos dirigentes da Coalizão – Renato Gaspareto, conselheiro do Instituto Aço Brasil; Íria Lícia Oliva Doniak, presidente executiva da Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto (ABCIC); Maria Elizabeth Cacho do Nascimento (Betinha), vice-presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC); Celso Petrucci, presidente da Comissão da Indústria Imobiliária (CII) da CBIC; Evaristo Pinheiro, presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon); Paulo Camillo Penna, presidente da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP); Carlos Eduardo Lima Jorge, presidente da Comissão de Infraestrutura (COP) da CBIC; Ramon Rocha, vice-presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon); Marco Polo de Mello Lopes, presidente do Instituto Aço Brasil; e Sérgio Bautz, conselheiro da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP).
Para Íria, “a inciativa da CBIC de, primeiramente, convidar as entidades representativas da construção civil a se organizarem e apresentarem as propostas do setor aos candidatos, gerando esse debate, possibilitou não só que os candidatos conhecessem previamente os pleitos e os avaliassem, apresentando suas propostas para solucionar as questões pontuadas a partir de pautas específicas, como também mostrou um setor organizado que pretende continuar a dialogar com o governo e que necessita de continuidade e monitoramento futuro destas ações propostas”, disse. 
Segundo Íria, em todos os painéis os participantes da Coalizão pela Construção formularam perguntas aos candidatos à Presidência da República. “Elas contemplaram uma variedade de assuntos, enfatizando, principalmente, a preocupação do setor com a retomada dos investimentos e de recursos para que haja um avanço nas obras de infraestrutura e de mobilidade urbana”, explicou.
O primeiro painel contou com a participação da candidata da REDE, Marina Silva, que anunciou um programa de governo que contempla o amplo investimento na área de infraestrutura, com foco na eficiência dos gastos públicos, transparência e combate ao desperdício. Ela destacou a importância de programas como o Minha Casa, Minha Vida (MCMV), e disse que irá ampliar a proporção de investimento no setor de infraestrutura, passando dos atuais 2% do Produto Interno Bruto (PIB) para, pelo menos, 4% do PIB.
No segundo painel, o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, disse que o setor da construção civil pode ajudar o Brasil a retomar a competitividade econômica e defendeu a garantia de condições jurídicas, de crédito e planejamento para dar tranquilidade ao investidor e retomar o crescimento do País. Para Alckmin, o Brasil se tornou caro e pouco competitivo ao longo dos últimos anos. E a solução para reverter esta realidade é a abertura comercial e diminuição da interferência do governo na atuação empresarial. 
O candidato pelo PODEMOS, Álvaro Dias, esteve no terceiro painel, afirmando que uma das bases da proposta do seu governo é a reforma do Estado e anunciando que, se eleito, terá um Conselho Consultivo para ouvir o setor da construção. Para recuperar o investimento público no setor da construção, ele acredita que o ajuste fiscal tem que ser acompanhado de crescimento econômico, por isso a necessidade da segurança jurídica e do combate à corrupção. 
O quarto painel teve o candidato pelo PDT, Ciro Gomes, que defendeu que o sacrifício fiscal em prol da retomada do crescimento econômico no Brasil seja feito nos primeiros seis meses de mandato. Para ele, o setor da construção tem um papel importante na reviravolta econômica do Brasil, uma vez que responde aos estímulos, cria emprego e gera renda de forma rápida e a custos baixos. O candidato defendeu o equilíbrio do câmbio, das taxas de juros e da tributação para aumentar a competitividade no Brasil. 
Henrique Meirelles, candidato pelo MDB, garantiu no último painel do evento que os investimentos em infraestrutura estarão no centro de sua atuação à frente do País. Citou uma de suas promessas de governo: o ‘Programa Brasil Integrado’, um amplo projeto de infraestrutura urbana, interurbana e de longa distância. Segundo ele, já foram traçadas estratégias de curto, médio e longo prazos, que passam pela retomada imediata das obras paralisadas ou andando lentamente, com investimentos na ordem de R$ 80 bilhões.
Ao final do encontro, José Carlos Martins, da CBIC, falou sobre o que considera ser indispensável para a próxima gestão executiva: "O Brasil precisa deixar para trás esse momento de instabilidade e uma das maneiras de isso acontecer é oferecer mais segurança jurídica ao gestor público". A fala de Martins foi complementada pela de Sérgio Bautz, conselheiro da ABCP: "também é preciso diminuir a sensação de insegurança para investimentos que domina o país atualmente; em outras palavras, como convencer investidores? Uma saída pode ser um sistema de aferição de resultados aplicado em obras públicas”.
O candidato Jair Bolsonaro (PSL), que não pode estar presente no encontro O Futuro do Brasil na Visão dos Presidenciáveis 2018, retribuiu o convite da Coalização pela Construção e fez no dia 14 de agosto uma visita de cortesia à CBIC, sendo recebido por  dirigentes da CBIC e de entidades integrantes da Coalizão. Segundo Bolsonaro, no que depender de “caneta presidencial” para resolver os problemas do País, se eleito, o fará. O candidato  reforçou a importância do respeito às leis e aos contratos e sinalizou disposição para enfrentar temas como o licenciamento ambiental.(com Agência CBIC)

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