Associação Brasileira da Construção

Industrializada de Concreto

Industrializar em Concreto 17 - julho de 2019

INDUSTRIALIZAÇÃO EM PAUTA

Montagem é vital para a execução de obras em pré-fabricado de concreto

Cadeia da construção industrializada de concreto desenvolve estratégias e ferramentas que facilitam e modernizam os procedimentos de transporte e montagem das estruturas usadas em projetos em todo o país

Viaduto Royal Palm Plaza - Campinas/SP 
Cliente: SPCIA 01 Empreendimento Imobiliário
Tipo de estruturas utilizadas: vigas longarinas, pré-lajes, placas de passeio e placas de fachada
Responsável pelo pré-fabricado: Thiago Ayarroyo de Oliveira
Responsável pelo projeto estrutural: Hiroaki & Marcio Engenharia Civil
Volume de concreto pré-fabricado: 783 m3
Fornecedor das estruturas pré-fabricadas de concreto: Tranenge Construções
Obra executada de janeiro a outubro de 2017

Para realizar a montagem das estruturas do Viaduto Royal Palm Plaza foi necessário superar diversos desafios desde o grande fluxo de veículos na rodovia até linhas de transmissão de energia de alta tensão que atende a região industrial de Campinas 

Definido esse ponto, os gestores da obra se debruçaram sobre outra questão crucial para a montagem das estruturas pré-fabricadas do viaduto. “Fizemos diversos estudos com guindastes em rodas com lanças telescópicas, mas a impossibilidade de abertura de lança, trabalhando sempre no raio mínimo, devido aos cuidados com a rede de alta tensão, impossibilitou essa opção. Seria necessário um guindaste muito grande e outros dois de menor porte, mas não havia espaço paras tantos equipamentos”, observa o engenheiro da Tranenge. 
Após várias reuniões com as empresas envolvidas na operação de montagem, optou-se por utilizar um guindaste de esteiras, com lança telescópica, que no momento mais crítico chegou a operar a menos de 3 metros da rede de alta tensão. Dois outros guindastes operaram simultaneamente em cada uma das marginais da rodovia para, em duas madrugadas seguidas, finalizar o trabalho mais pesado. “Concluída a montagem das peças dos tabuleiros sobre as marginais demos prosseguimento com a montagem das vigas longarinas sobre as vias expressas, com 40,15m de comprimento e 78t de peso”, informa Oliveira. Para montagem destas vigas, o trânsito foi modificado para o inverso da montagem anterior, com fechamento das vias expressas e deslocamento dos veículos para a via marginal, aproveitando o mesmo desvio executado anteriormente, com ajustes na sinalização, num período de feriado devido ao menor fluxo veículos na região. 
As vigas de 78 toneladas foram transportadas ao local de montagem com o uso de três conjuntos de transportadores de linha de eixo que deslocavam até a via expressa cruzando para a via marginal após a paralisação da via pela Polícia Rodoviária. Após o cruzamento da via, as carretas tinham de ir até o local da montagem de ré, numa operação cuidadosa e lenta. Foi necessário ainda um cuidado extra no transporte, com o uso de um sistema de vagonamento lateral na peça, de modo a evitar que os esforços causados pela redução do ângulo do cabo causassem torsão com danos nas longarinas. 
“Por fim, na data programada, às 12 horas foi iniciada a operação de montagem dos tabuleiros sobre as vias expressas, com o fechamento do tráfego para a montagem do guindaste de 750 toneladas, que montou, até às 15 horas do dia seguinte, 10 vigas e 704 pré-lajes, com mínimos impactos aos usuários da rodovia e também para quem vive ou trabalha no entorno”, conclui Oliveira. 
Desafios semelhantes aos da Tranenge na montagem do viaduto em Campinas, também foram vencidos pela T&A Pré-fabricados na montagem das estruturas de uma loja da rede Mercadinhos São Luiz, em Fortaleza, capital do Ceará. “Devido a obra estar localizada no coração comercial da cidade, em uma das avenidas mais movimentadas da capital cearense, tivemos de fazer os transportes das vigas e demais estruturas durante a madrugada, conseguir licença da Prefeitura para transitar por vias onde não era permitido o tráfego de carretas e planejar o estacionamento delas em local próximo da obra, já que só poderia entrar um carregamento por vez”, explica o engenheiro Aquiles Gadelha Ponte, diretor da T&A.

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