Associação Brasileira da Construção

Industrializada de Concreto

Industrializar em Concreto 22 - abril de 2021

ESPECIAL DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Mulheres têm papel fundamental no desenvolvimento da engenharia, da construção e do pré-fabricado de concreto no Brasil

As personalidades femininas trazidas nesta matéria especial em homenagem ao Dia Internacional da Mulher são exemplos atuais de como o trabalho árduo somado as características, como sensibilidade, resiliência, persistência, foco e discernimento, resultam em uma contribuição ímpar para a evolução desses três setores, em diferentes contextos e setores produtivos

 Anestine Amanda Jaeger

Anestine pondera que liderar equipes é enxergar cada um como único e buscar entender onde cada pessoa pode dar o seu melhor. Para ela, ser uma liderança feminina e que segue essa essência, nem sempre é muito simples pois tendemos a usar de artifícios melhores aceitos no meio.” A mulher é por natureza sensível, fluida, capaz de ouvir e acolher. Com o amadurecimento, fui percebendo que posso usar o melhor dessa essência feminina ao liderar equipes. Faço isso com uma vontade grande de agregar a essas pessoas, que vai muito além de mostrar resultados e sou muito feliz exercendo esse papel de líder”. 

Silvia Almeida

Como líder, Silvia comenta sobre sua admiração por diversas mulheres na T&A, engenheiras que sempre atuaram com determinação, garra e muito amor. “Aprendi e aprendo muito com cada uma até hoje”, diz a executiva, que acrescenta que esse cenário é fundamental para reforçar a questão da equidade dentro do mercado e da sociedade, a fim de construir um futuro mais igualitário e também mais criativo e inovador, características muito percebidas nas líderes femininas e que são essenciais para que as empresas se mantenham competitivas.
Um dos pontos trazidos por Anestine é também o desafio de trabalhar em setores predominantemente masculinos. “O desafio é estar atenta a não se deixar diminuir e com o tempo, vamos entendendo formas cada vez mais tranquilas de sair disso. Hoje vejo que por atuar em áreas predominantemente masculinas e constantemente serem testadas ou sentirem que ainda não são boas o suficiente, as mulheres buscam e se cobram, se especializam e estudam muito. Estão capacitadas para as funções, mas seguem na busca por melhorar”.  Ela complementa ainda que outro desafio é conciliar os papeis de mulheres, mães, esposas e profissionais, entre outros tantos.

Teresinha de Jesus Lopes

Na área de produção, a operária Teresinha de Jesus Lopes orgulha-se de completar 10 anos de carreira, no dia 25 de abril, na Protendit. “Tem sido surpreendente, a empresa me deu chances de desenvolvimento e de aprendizado. Comecei como auxiliar de serviços gerais, quando apareceu uma oportunidade de mudar de setor, topei o desafio. Hoje, sou operadora de máquinas e trabalho no setor de corte e dobras. Para exercer esse tipo de função é preciso prestar atenção, ser cuidadosa e ter força de vontade. É um serviço que precisa ter dedicação e isso tenho muita”.
Antes de trabalhar na indústria de pré-fabricados de Concreto, Teresinha atuou em um clube aquático, com crianças, em meio ao verde. Por isso, quando entrou nessa área, demorou cerca de vinte dias para se adaptar a essa nova realidade. “Peguei tanto gosto pelo meu trabalho que não consigo me ver em outra função. Gosto de aprender. Já lidei com lixadeira, maçarico, furadeira e pode ter certeza de que não tenho medo do trabalho”.
Outro exemplo é a Welzeli Lana de Souza, que foi destaque na edição 11 da Revista Industrializar em Concreto. Líder de produção da Precon à época, ela afirmou que a qualidade dos painéis fabricados está nas mãos de mulheres. “Elas são mais cuidadosas. Em nosso trabalho diário é a nossa delicadeza que faz a diferença”, disse. A inclusão social de mães de família na fábrica trouxe maior aproximação com toda a comunidade, além de vantagens competitivas como: ganhos de produtividade, redução de erros e menor custo, principalmente.
Institucional
Outra área com participação feminina é a institucional, no qual as mulheres estão em cargos de presidência, diretoria e gerência de importantes entidades setoriais. Na Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), a engenheira Laura Marcellini desempenha um papel fundamental como diretora técnica. “Tenho oportunidade de aprendizado e atualização constante, num ambiente de respeito e colaboração, e relacionamento com lideranças dos demais agentes da cadeia produtiva, onde posso contribuir para a promoção do desenvolvimento do setor da construção no país”. A seu ver, a contribuição da presença feminina em qualquer setor está principalmente na agregação de diversidade de talentos e habilidades à gestão e à atuação das empresas. Mulheres tendem a dar mais atenção aos detalhes e às pessoas, estimular a colaboração e o trabalho em equipe, por exemplo.

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