Associação Brasileira da Construção

Industrializada de Concreto

Industrializar em Concreto 1 - maio de 2014

ABCIC em Ação

Selo ABCIC passa a ser obrigatório

Após ampla reestruturação, Selo de Excelência Abcic passa a ser obrigatório para empresas que desejarem se associar, em decisão tomada pela Assembleia Geral Ordinária da associação

O Selo de Excelência Abcic, programa de certificação do setor de pré-moldados de concreto criado em 2003, passa por uma revitalização e ganha força na indústria de pré-fabricados. Referencial para padronizar a qualidade do setor, o Selo se consolidou e, ao completar dez anos, passou por uma ampla reestruturação. Na Assembleia Geral Ordinária da entidade, realizada dia 25 de abril, por meio de uma expressiva votação – quase unânime entre as empresas presentes – se tornou obrigatório para as associadas da Abcic.

 

Para Íria Doniak, presidente executiva da associação, trata-se de um passo muito importante face as atuais necessidades do desenvolvimento sustentável da construção civil no país, da sociedade e do apelo mundial por preservação ambiental e responsabilidade social. Para tanto, segundo ela, é necessário contextualizar estes cenários.

O Selo é um programa evolutivo, do nível I ao III, com conceitos distintos que permitem à empresa aderir desde o início ou a partir de um determinado nível, desde que atenda aos requisitos estabelecidos no seu regimento e normas, que tem por referência as Normas Técnicas da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas aplicáveis ao processo e ao produto. 

Além das referências da ABNT, o Selo também segue requisitos das normas ISO 9001 e 14001 de gestão da qualidade e ambiental respectivamente, das normas regulamentadoras NR-18 e NR-9 de segurança e saúde ocupacional na construção civil e o funcionamento de programas internacionais como é o caso do PCI PlantCertification, do instituto de pré-fabricado americano. O caráter evolutivo do Selo tem como propósito auxiliar as empresas na adesão, passo a passo, aos critérios sem que haja um desequilíbrio. 

Normalmente, a empresa candidata a obter o Selo começa por estabelecer um controle de qualidade que evidencie, de forma objetiva e perante critérios de conhecimento de toda a sociedade, que a empresa se submete as avaliações e obtém qualidade atendendo as normas técnicas e critérios básicos, por exemplo, no que tange a segurança do trabalho e integridade dos funcionários. Posteriormente, no nível II, são introduzidos conceitos de garantia da qualidade que ensejam, além do estabelecimento de controles, assegurem também a forma pela qual os resultados obtidos pelos controles estabelecidos de fato são analisados e tratados. Por fim, no nível III se estabelecem os requisitos ambientais e se integram com o conceito de gestão, retroalimentando todo o processo.

Dizer que as empresas que não possuem o selo não têm qualidade ou não se preocupam com o meio ambiente ou com as pessoas não seria uma afirmativa correta. Uma empresa que atende as normas técnicas e regulamentadoras aplicáveis está em conformidade. O que o Selo auxilia é no estabelecimento e organização das evidências. Mais do que isto, ajuda a criar esta cultura dentro das empresas. Várias associadas, que já eram referências de qualidade no mercado, ao aderir ao programa, constataram que as regras contidas nele lhes permitiram ter uma visão sistêmica do processo, economizar e aplicar adequadamente seus recursos, além de induzir o desenvolvimento tecnológico. 

Do ponto de vista institucional, o setor pode provar que as empresas que possuem o Nível III do Selo, além de utilizarem os recursos (materiais e humanos) de forma racional, pelo efetivo cumprimento dos requisitos, também estabeleceram medidas de controle de impacto no que tange ao consumo de água e energia e na destinação dos resíduos. “Recentemente revisamos a norma N2 de requisitos por meio dos quais as empresa são avaliadas (vide quadro de reestruturação do programa) e incluímos também no nível III o controle de emissão de CO2”, destaca a presidente da Abcic. Com isso, a seu ver, se vai ao encontro do conceito de Análise de Ciclo de Vida Modular estabelecido pelo CBCS - Conselho Brasileiro de Construção Sustentável. 

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