Associação Brasileira da Construção

Industrializada de Concreto

Industrializar em Concreto 15 - dezembro de 2018

ABCIC EM AÇÃO

Seminário aborda uso de novas tecnologias do concreto em obras de infraestrutura

Iniciativa da Abcic reúne especialistas internacionais para discutir tema definido em 2015 pelo planejamento estratégico da associação

O emprego de novas tecnologias foi debatido em evento promovido pela Abcic, o Seminário Pontes Pré-moldadas de Concreto – Tecnologia de Projetos e Execução – Novas Tendência de Materiais – CRF e CUAD, ocorrido no dia 30 de novembro, no Instituto de Engenharia, em São Paulo. A mesa de abertura foi composta pelo Presidente da fib, Professor Hugo Corres, o presidente do Conselho Estratégico da Abcic, José Antonio Tessari, o presidente da Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural (Abece), João Alberto de Abreu Vendramini e o presidente do Instituto Brasileiro do Concreto (Ibracon), Júlio Timerman. As três entidades formam o grupo brasileiro junto à fib.  
"Dentro da comissão 6 da fib há um grupo de trabalho específico para pontes pré-moldadas em concreto, no qual está também se formando um subgrupo de trabalho para Concreto de Ultra Alto Desempenho reforçado com fibras para tratar especificamente da aplicação desse material em pontes. O UHPC e as pontes pré-moldadas em concreto integram os temas do planejamento estratégico da Abcic, realizado em 2015", explicou a engenheira Íria Doniak, Presidente Executiva da Abcic, ao dar início à cerimônia de abertura.  “Não poderíamos deixar de aproveitar a oportunidade de promover este evento, uma vez que esse grupo, coordenado pelo engenheiro Marcelo Waimberg, decidiu realizar sua segunda reunião anual em nosso país e, então, com a presença de experts mundiais, é possível interagir com toda a comunidade técnica”, avaliou.      

Solenidade de abertura do Seminário com a participação das entidades que formam o Grupo Nacional junto à fib, ABECE-ABCIC-IBRACON, o presidente da fib, Hugo Corres, e o chefe da delegação nacional, professor Fernando Stucchi

Hugo Corres: "Mais do que apresentar um código estrutural, precisamos ser práticos e entender que ao final a grande missão dos trabalhos da fib é impactar na qualidade de vida das pessoas”

Tessari ressaltou que tem sido de fundamental importância para Abcic integrar o grupo nacional junto à fib, assim como é de grande valia a participação na comissão 6, razão pela qual a Abcic se sente honrada com a presença de todos os palestrantes nacionais e internacionais. 
Em sua fala, Vendramini analisou o atual momento como de novas esperanças para o país e destacou o papel do engenheiro civil na sociedade, como desenvolvedor de novas tecnologias que ofereçam maior segurança, rapidez e redução de custos.  
Já Júlio Timerman destacou o trabalho conjunto de entidades brasileiras que preparam o setor para o próximo ciclo de demandas no país, ao promoverem a racionalização do processo construtivo. Também enfatizou a integração das entidades Ibracon, Abece e Abcic, que definiu como “coirmãs”.     
O convidado especial para a mesa de abertura, Fernando Stucchi, que lidera a delegação nacional junto à fib, parabenizou a Abcic pela integração com a federação internacional e disse acreditar que, ao chegar o novo ciclo de demandas mencionado por Timerman, a infraestrutura será certamente uma pauta muito importante.       
Hugo Corres Peiretti, presidente da fib e integrante da mesa, deu início logo em seguida com a palestra de abertura. Em sua apresentação, foi destacada a longa presença do Brasil em organizações internacionais de engenharia, passando o país a integrar em 1967 o Comitê Europeu de Concreto (CEB) e, a partir de 1962, a fazer parte da Federação Internacional da Protensão (FIP). As duas entidades europeias, formadas após a segunda guerra mundial para atender a demanda pela reconstrução em países afetados pelo conflito, juntaram-se em 1998, dando origem à fib. 
Corres definiu como um dos maiores objetivos da fib promover em nível internacional os estudos científicos sobre concreto e destacou a influência dos boletins publicados pela fib em normas europeias. Segundo Corres, a federação tem comissões de trabalho específicas para cada tema de interesse. “Temos a Comissão 6 sobre pré-fabricação, da qual Iria faz parte e, dentro dela, o TG 6.5 sobre pontes pré-moldadas em concreto. Outra importante Comissão é a 10, pois é a que desenvolve todos os Códigos Modelos para as Estruturas de Concreto”, completa. Ainda de acordo com o presidente da fib, o Brasil é conhecido pela atuação dedicada em diferentes âmbitos do trabalho internacional. “Destaco a presença de Fernando Stucchi na comissão de códigos modelos, a longa atuação do Professor Vasconcelos como delegado da FIP e da CEB e até o colóquio ocorrido no Rio de Janeiro em 1991, para a divulgação do Código Modelo CEB-FIP de 1990, coordenado pela Professora Lídia Shehata, do Rio de Janeiro”, informou.  
Corres também fez uma breve explanação sobre a estrutura organizacional da fib, destacando que desde 2015, a engenheira Íria tem atuado no conselho na entidade, inicialmente como membro convidado e, desde 2017, como membro eleito. Denominado Presidium, o grupo é responsável por traçar as diretrizes da federação em consonância com a Assembleia Geral que leva em conta os 45 países que integram a fib e o conselho técnico. “Mover-se em distintos países só é possível de forma ética e adequada, através das entidades locais que compõe as respectivas delegações”, avaliou.    
Após a introdução ao universo da fib, Corres discorreu tecnicamente sobre a estrutura do Código Modelo 2020, que está em desenvolvimento e passará a agregar também aspectos de estruturas existentes. Falou sobre aspectos fundamentais como resistência ao fogo, sismos e tendências de uso de novos materiais, como o UHPC. “Estamos trabalhando para contemplar as necessidades regionais, com participação intensa de todos os países, para que seja uma ferramenta prática e que continue a apoiar o desenvolvimento da normalização dos países integrantes, a exemplo da foça que já possui junto aos Eurocódigos e normas de outros países”.   

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