Associação Brasileira da Construção

Industrializada de Concreto

Industrializar em Concreto 24 - dezembro de 2021

DE OLHO NO SETOR

Sustentabilidade é prioridade para a construção no mundo e no universo do concreto

A Federação Internacional do Concreto (fib) elaborou um Documento Oficial sobre Sustentabilidade, por entender a importância do tema em sua área de atuação. No Brasil, a ABCIC segue difundindo a interligação entre industrialização e sustentabilidade em diversos contextos e apoiando importantes eventos como o Congresso Brasileiro do Concreto e o Movimento BW.

Isso porque o empenho da entidade engloba muitos aspectos relacionados com estruturas de concreto: desde o estudo e desenvolvimento de materiais com menos ou nenhum impacto; a concepção de estruturas com menor quantidade de materiais e/ou com materiais mais ecológicos; a construção com o mínimo impacto; conservando o empreendimento para que tenha uma longa vida útil e a demolição e reaproveitamento das estruturas, levando-se em conta a economia circular.

Em termos de futuro, o secretário geral da fib contou à Revista Industrializar em Concreto que a entidade tem colaborado com outros setores da indústria, da engenharia e da arquitetura para alcançar uma pegada de carbono mais baixa. “Estamos profundamente comprometidos com o desenvolvimento e utilização de tecnologias que busquem minimizar ou mesmo equilibrar a emissão de carbono no meio ambiente, o uso mínimo de materiais e energia no processo de projeto, construção, manutenção e reaproveitamento de estruturas de concreto”, destacou.

Ele lembrou que o concreto estrutural usa cimento, água, agregados, areia, aço e também fibras (casos de CRF - Concreto Reforçado com Fibras) e possui muitas vantagens, como por exemplo, ser usado mundialmente com materiais locais. “Esse benefício permite construir sem a necessidade de transporte de longa distância. Além disso, o concreto possui alta qualidade, durabilidade e flexibilidade, podendo ser adaptado localmente”, ponderou. 

Especificamente sobre a área de pré-fabricados de concreto, Fernández-Ordóñez avaliou que o setor usa os materiais de forma mais assertiva possível, o que significa que, ao utilizar materiais mais avançados, há uma redução de seu consumo e, consequentemente, a emissão menor de carbono. Para ele, processos construtivos nessa solução de engenharia são otimizados. Dessa forma, pode se consumir menos com transporte e o desperdício é radicalmente reduzido, além do que a possibilidade de reciclar os elementos de concreto e pré-fabricados é muito maior do que na construção civil, podendo ser feito pela indústria.

Já no âmbito da Comissão 6 de Pré-Fabricados de Concreto da fib, há muitos anos, realiza-se o estudo e o desenvolvimento da durabilidade, passando logo após para os efeitos ambientais das estruturas pré-fabricadas e, finalmente, na sustentabilidade das estruturas pré-fabricadas. 

O grupo de sustentabilidade de estruturas pré-fabricadas de concreto foi o responsável pela criação do fib Boletim 88: Sustentabilidade de estruturas pré-moldadas de concreto. Fernández-Ordóñez ressaltou que integrantes de vários países já participaram desse grupo, inclusive do Brasil, como a engenheira Íria, que foi uma das autoras desse documento, e o engenheiro Paulo Helene, que foi um membro correspondente. (Vide artigo técnico na página 58)

Atualmente, esse GT está preparando outro documento para trazer em detalhes a aplicação da sustentabilidade em edifícios pré-fabricados. Segundo Fernández-Ordóñez, essa publicação será finalizada em breve.

Ibracon

A sustentabilidade está em pauta no Ibracon e será tema central do congresso comemorativo do Jubileu de Ouro

Em 2022, o Instituto Brasileiro do Concreto (Ibracon) comemora 50 anos de fundação. E, nesse período, a entidade, como instrumento primeiro de divulgação das inovações e conceitos, brindou ao mercado, com o concreto bombeado; o concreto projetado via úmida; o concreto auto-adensável; o concreto com fibras; o concreto colorido; o concreto translúcido; o concreto de alta resistência (passou de fck 13,5 MPa para 90 MPa); o concreto de UHPC, que permite peças leves e painéis finos; os braços mecânicos para distribuir concretos; os "helicópteros" para acabamento; as máquinas vibroacabadoras de pavimentação; os pisos industriais; os concretos com pneu para defensas rodoviárias; os concretos duráveis com sílica ativa e metacaulim; os cimentos especiais e de alta resistência; o concreto pré-moldado de excelência; as argamassas e grautes estruturais; os aditivos; entre outros.

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