Associação Brasileira da Construção

Industrializada de Concreto

Industrializar em Concreto 13 - maio de 2018

INDUSTRIALIZAÇÃO EM PAUTA

Vantagens das estruturas pré-fabricadas viabilizam obras de hospitais

Construção concluída em menor prazo, custos competitivos e perfeita adequação às necessidades dos clientes criam oportunidades para o pré-fabricado na construção de hospitais e outros edifícios voltados para as áreas clínicas e de saúde

Seja pela expectativa de vida do brasileiro, que vem aumentando constantemente nas últimas décadas – em 1980, a vida média era de 62 anos; em 2015, essa média subiu para 75,5 anos, segundo o IBGE –; seja por uma postura mais reivindicatória da população em relação a seus direitos, há uma demanda maior por serviços de saúde. Tal realidade impacta em todas as áreas dos serviços de saúde, incluindo numa maior necessidade de se construir hospitais e demais instalações voltadas para tratamento clínico. O fato estimula empreendedores e investidores a focar seus esforços em projetar e construir novos hospitais.
Apesar da dispersão de informações nesse campo, em virtude da pulverização de órgãos e entidades públicas e privadas nos níveis municipal, estadual e federal que cuidam da construção de hospitais, um recente levantamento do e-Construmarket, portal voltado à comunidade de engenharia, arquitetura e construção, constatou que existem hoje no país 214 novos empreendimentos na área de saúde, sendo 112 em fase de execução e outros 102 em desenvolvimento. São Paulo é o estado que concentra a maior quantidade de projetos de hospitais, com 74. Logo em seguida, aparecem Minas Gerais (26), Rio de Janeiro (18), Rio Grande do Sul (17) e Paraná (11). 
Além dos investimentos feitos por prefeituras, governos estaduais e instituições federais, há também notícias de que entidades privadas que fazem a gestão de planos de saúde, que administram cooperativas médicas ou redes hospitalares particulares anunciam frequentes e volumosos recursos aplicados no projeto e construção de novos hospitais em várias regiões do país. Em razão de a maioria desses hospitais se localizar em centros urbanos densamente habitados e, normalmente, de acesso complicado em função do grande afluxo de veículos, há uma evidente necessidade de verticalização das obras e de se lançar mão de técnicas construtivas aceleradas, de maneira a gerar o menor impacto possível na vizinhança. 

Hospital da Unimed, construído no início de 2017, em Betim (Minas Gerais), envolveu um volume de 6.700 m³ de estrutura pré-fabricada

Hospital da Unimed de Betim 
Localização: Betim/MG
Construtora: Consórcio Athié-Engeform 
Área construída total: 40.000 m2
Empresas pré-fabricadoras: Precon Pré-fabricados e Incopre Pré-fabricados de Concreto
Tipo de estruturas em pré-fabricado de concreto: pilares, vigas, lajes alveolares, rampas e escadas
Engenheiro responsável pela estrutura pré-fabricada: Isnar Maria de Freitas e Augusto Cesar Baeta Neves
Volume de concreto pré-fabricado: 6.700 m³

 

No caso de obras voltadas para iniciativa privada há ainda a necessidade de se concluir o mais rapidamente possível a construção para que o empreendimento entre em operação. Esse contexto desafiador exige o uso de tecnologias modernas, capazes de atender tanto a demanda por rapidez na construção, quanto a de erguer edifícios altos. Nessas condições se encaixa perfeitamente a aplicação de pré-fabricado de concreto. Foi exatamente esse o caso das obras de expansão do Hospital Ilha do Leite, pertencente ao grupo Hapvida e localizado no Recife, capital de Pernambuco. A estrutura pré-fabricada foi desenvolvida, projetada e fabricada pela T&A Pré-fabricados. 
Com 14 andares, o empreendimento teve toda sua estrutura em pré-fabricado de concreto montada em apenas cinco meses e, segundo o contratante da obra, o tempo de construção foi reduzido em 30%. “A opção pelo método construtivo do pré-fabricado veio ao encontro de algumas necessidades e prioridades da empresa”, afirmou João Cesar Leão, diretor de Infraestrutura e Expansão da Hapvida. “A tecnologia nos permitiu ser mais assertivos em relação ao cumprimento e encurtamento do prazo da obra. Aliado a isso, também consideramos extremamente relevante o fato de a tecnologia contribuir para uma obra mais sustentável, com menos impacto ambiental, além da segurança e da qualidade”, complementou o gestor da Hapvida. 

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