Associação Brasileira da Construção

Industrializada de Concreto

Industrializar em Concreto 1 - maio de 2014

Industrialização em Pauta

Bella Sky hotel: Copenhague, Dinamarca

Um hotel de duas torres de 23 andares, inclinando-se em mais de 15 graus uma da outra, unidas por pontes 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Estruturas da torre

Filosofia geral
As estruturas são construídas usando elementos de concreto pré-moldado. Paredes portantes e lajes são usadas para atender aos carregamentos verticais e laterais da estrutura.
No nível superior da torre 1 uma estrutura de aço é projetada para deixar um espaço reticulado aberto.
Unindo os dois edifícios nos níveis 1 e 23, há passarelas de aço.
Para os edifícios de base, são utilizados elementos pré-moldados de piso em conjunto com colunas de concreto pré-moldado, com colunas de aço e vigas onde o uso de concreto não é prático.
Nas torres, os quartos estão situados em ambos os lados de um corredor central. Paredes de concreto pré-moldado separam os quartos e corredores e fornecem a estrutura de suporte de carga. Isso ocorre com exceção de todas as outras paredes entre os quartos que não sejam suporte de carga.
Nas extremidades das torres as paredes são inclinadas com a torre. Além disso, a próxima linha de suporte ao longo da torre também é inclinada. Isto se dá em parte devido às escadas estarem no final do edifício e serem inclinadas com a torre e também para tornar essa extremidade um espaço utilizável.
As forças dos elementos são muito grandes em ambas as direções vertical e lateral. Devido a isso, os caminhos de carga são mantidos o mais simples possível. Decidiu-se também que uma redução de 10% na resistência do material seria implementada para permitir a capacidade de redistribuição de forças localizadas, se necessário, e ao mesmo tempo para lidar com os efeitos de imprecisão de modelagem. A provisão para a redistribuição foi útil para o detalhamento em áreas nas quais as forças são maiores e precisam ser melhor distribuídas por toda a estrutura.
Uma vez que as tensões da estrutura são tão elevadas, o efeito de corte de reforço para furos de serviço pode ser fundamental. Foi decidido que todos os furos de serviços deveriam ser incluídos no modelo 3D e nenhum furo pode ser perfurado no local.

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Trajetos de carga vertical
Sempre que possível, as paredes de suporte de carga são verticais. Na seção central do edifício isso cria caminhos de carga simples através do edifício.
Na região saliente, as paredes de suporte de carga são verticais até atingirem as linhas de parede inclinada em cujo ponto as forças são transferidas para as paredes e colunas inclinadas. Nesses locais são criadas forças horizontais muito grandes por precisarem rotacionar a linha de força, como mostrado na figura 10.

Estas forças horizontais são a principal complicação da inclinação geral do edifício. Elas encontram resistência pelas paredes principais longitudinais através do edifício, que cria um caminho para fechar o diagrama de forças, como indicado pela linha tracejada na figura.
Transferir essa força a partir da junção da parede envolve um caminho de carga através do chão. Em andares típicos onde apenas o peso de um andar cria a tensão isso é feito pela placa de piso, utilizando apenas as junções normais entre as unidades pré-moldadas. 
No entanto, nos dois níveis, onde as paredes principais são suportadas (L6 e 16), o valor desta força (aproximadamente 1.500 kN/m no máximo) é muito alto para confiar na ação de cisalhamento entre as unidades. Nesses andares, zonas adicionais de concreto in situ são adicionadas à placa de piso e fortemente reforçadas para transferir as forças de tração diretamente à parede longitudinal.

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