INDUSTRIALIZAÇÃO EM PAUTA

Ilustração da integração do BIM com o software de controle

O engenheiro Roberto Clara, da Lucio Engenharia, comenta sobre a opção pela construção industrializada de concreto em um de seus empreendimentos, na região de Pinheiros. “Essa obra tinha um projeto básico em estrutura convencional. Contudo, optamos por uma solução industrializada que atendesse os requisitos arquitetônicos e de desempenho de engenharia para um prédio comercial urbano de alto padrão. Essa escolha foi ocasionada pela excelência técnica, a agilidade e a competência no desenvolvimento da proposta e na apresentação de uma solução adequada aos nossos anseios. Sem dúvida, a troca do sistema construtivo foi um sucesso”.

Romilson Alves de Souza: “Os aspectos de planejamento tiveram profunda sinergia com a linguagem BIM, base de sustentação do sistema integrado da obra, da compreensão das interfaces e da sistemática de planejamento”.

Outro ponto a ser destacado por ele foi o prazo: encurtado em 2 meses. “Toda a estrutura foi montada em 76 dias trabalhados desde o primeiro pilar içado até a última peça de fachada montada. O sistema também possibilitou que tivéssemos uma equipe mínima da Lucio para gerenciamento das atividades, além de abrir rapidamente frentes de trabalho para os serviços complementares de instalações, fachadas em pele de vidro e demais”. Isso significa que as interfaces entre processo, produção e montagem, bem como entre os subprocessos  e outros serviços que ocorrem durante a montagem foram fundamentais para o atendimento dos requisitos estabelecidos pelo projeto.

Shopping Trimais um empreendimento executado pelo Consórcio Passarelli e Método Engenharia.

Íria relembra que o Selo de Excelência, a partir do Nível II, já traz procedimentos específicos para atendimento ao cliente e processos como comercial e suprimentos devem ser atendidos conforme os requisitos específicos, baseados na norma ABNT NBR ISO9001, incluindo a entrega e o pós-venda. “Isso faz toda a diferença, pois não fornecemos apenas produtos, peças de concreto, mas sim soluções de engenharia que são entregues na maioria das vezes montadas. Embora em um percentual muito menor exista a venda mercantil de alguns produtos como as lajes e estacas, os serviços e a logística envolvidos passam a ter uma dimensão importante no programa”.

Roberto Clara: “Escolhemos pela excelência técnica, a agilidade e a competência no desenvolvimento da proposta e na solução adequada aos nossos anseios”

Papel do IFBQ
Desde 2013, o IFBQ é o organismo certificador, operacionalizando as avaliações e as auditorias. Anteriormente, esse trabalho era feito pelo Centro de Tecnologia de Edificações (CTE), que em 2001 iniciou através de sua consultoria o desenvolvimento do programa. 
Segundo Ricardo Assoni, gerente de Certificação do Instituto Falcão Bauer, a avaliação conduzida por um órgão de terceira parte garante total imparcialidade e ausência de conflito de interesses nas atividades relacionadas ao processo de certificação e suas etapas, garantindo ainda a confidencialidade das informações.
Além disso, o Selo conta com uma Comissão de Imparcialidade, cujo papel mais importante, na visão de Assoni, é demonstrar a transparência na condução das atividades das avaliações e respectivos resultados que culminam na concessão dos Atestados de Excelência ABCIC ou na justificativa da não autorização de emissão desse documento.
Segundo o gerente de certificação do Instituto Falcão Bauer, a avaliação realizada é apoiada por um robusto material (Regimento ABCIC - https://www.abcic.org.br/Artigos/o-selo-de-excelencia-abcic), elaborado sobre critérios normativos relacionados à qualidade, segurança e meio ambiente. Os regimentos e normas do selo têm por referência as Normas Técnicas da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas aplicáveis ao processo e ao produto especialmente a ABNT NBR 9062 Projeto e Execução de Estruturas Pré-moldadas de Concreto, as normas ISO 9001 e 14001, as NR-18 e NR-9 de segurança e saúde ocupacional na construção civil e o funcionamento de programas internacionais, como é o caso do PCI Plant Certification, do instituto de pré-fabricado americano. 
“Isso nos permite, durante as auditorias, verificar o nível deste atendimento demostrando práticas positivas para o setor. Em função do tempo decorrido desde sua criação e das avaliações periódicas realizadas, podemos notar que há uma crescente evolução nos resultados. Além disso, ao longo dos anos, os associados avaliados tem demonstrado cada vez mais o seu comprometimento com o programa”, diz Assoni.