Associação Brasileira da Construção

Industrializada de Concreto

Industrializar em Concreto 9 - dezembro de 2016

ABCIC EM AÇÃO

Jornada Internacional da Abcic ressalta a versatilidade e benefícios da construção industrializada de concreto

Composto pelo Seminário Internacional e pelo Curso Abcic-fib, também destacou a interação e a contribuição da delegação brasileira nos trabalhos e ações da fib

 




Professores, consultores, projetistas e construtores prestigiaram o evento


Segundo o coordenador de obras da MPD Engenharia, Alexandre Kou, os debates do Seminário da Abcic estão alinhados com o que a construtora vem discutindo em seu comitê técnico de qualidade e produtividade. “Hoje, o cenário exige de nós, construtores, maior atenção com eficiência, garantindo qualidade e maior produtividade, com redução de custos diretos. Dessa forma, a direção a ser seguida é industrializar cada vez mais. Por isso, estamos buscando formas de otimizar nossos processos internos e estamos estudando não apenas os pré-fabricados de concreto, mas a ideia é fazer os diversos comparativos para saber das vantagens dos diferentes sistemas construtivos”, finalizou. 
O 7º Seminário Internacional Abcic contou com o patrocínio da Cassol, Leonardi, MC Bauchemie, Progress Group, Rotesma e Votorantim Cimentos.


Curso Abcic-fib
No dia 23 de setembro, Jornada Internacional Abcic 2016 Estruturas Pré-moldadas de Concreto seguiu sua programação com o Curso Internacional Abcic-fib “Uma visão global através do Manual de Planejamento e Projeto de Estruturas Pré-Moldadas de Concreto e a viabilidade dos edifícios altos”. 
A primeira parte do curso contou com a apresentação do secretário geral da fib, David Fernandez-Ordoñez, que trouxe detalhes dos onze capítulos que compõe o Manual de Planejamento e Projeto de Estruturas Pré-Moldadas de Concreto e mostrou a importância, os benefícios e a evolução da solução de engenharia. “Houve uma época em que não era factível a aplicação do pré-fabricado de concreto em edifícios altos, mas atualmente essa questão está superada e temos vários exemplos de sua utilização”, disse. A última edição da publicação foi lançada em 2014 e já foram impressos cerca de 45 mil exemplares.  
A segunda etapa ficou a cargo do coordenador do grupo de trabalho de edifícios altos TG 6.7 da fib, George Jones, que abordou, de maneira abrangente, a construção de edifícios altos e de múltiplos pavimentos. Em sua apresentação, mostrou um estudo de caso, informações técnicas sobre ligações, construções mistas, os benefícios e os desafios do uso de pré-fabricados de concreto nesse tipo de empreendimento, os aspectos relacionados à robustez e aos abalos sísmicos, entre outros. O Curso Internacional Abcic-fib contou com o apoio da Bianchi e da Pentair/Lenton.





David Ordoñez apresenta o Handbook de estruturas pré-fabricadas de concreto da fib, que despertou o interesse dos participantes. Ao final do curso, foram sorteados dois exemplares da publicação


Para o diretor da Pasqua e Graziano, Francisco Graziano, a apresentação ministrada por Fernandez-Ordoñez foi muito boa por estabelecer esse contato inicial com os conceitos trazidos pelo Manual da fib, e a aula proferida por Jones discorreu sobre muitos assuntos importantes para o setor bem como trouxe tecnologias diferentes e inovadoras. “Percebemos que existe um potencial para o uso de pré-fabricados de concreto no Brasil, que já está sendo praticado na Europa e na Ásia, inclusive em áreas de sismos, onde foram feitos testes de laboratórios mostrando que o sistema é muito eficiente em edifícios altos também nesses locais”, avaliou. 
Uma tecnologia apresentada por Jones no curso, segundo Graziano, foi a existência de um galpão, que é montado sobre um futuro edifício e que funciona como um canteiro de obras, o que significa que ele acompanha a altura do prédio, na medida em que for sendo construído. “Isso é muito interessante e existe apenas na Europa. Esse tipo de solução ganha, ainda mais, importância, em locais de difícil acesso, como grandes centros urbanos, onde não há espaço para o canteiro”, analisou. Nesse caso, até a fábrica de pré-fabricado é instalada no próprio canteiro que montado no topo do futuro edifício.  “Mas, infelizmente, no Brasil, ainda estamos muito longe desse tipo de tecnologia”, acrescentou. 
Graziano, que participou dos dois dias do evento, fez uma avaliação sobre o setor da construção civil no Brasil. “Se analisarmos bem o nosso mercado, 20 anos atrás saímos para conhecer obras fora do país e identificamos alguns problemas na nossa forma de atuar: organização e limpeza no canteiro, produtividade, falta de alguns equipamentos, além de outros itens. Muitos pontos foram atualizados e melhorados. Mas, hoje, para obras convencionais, nós praticamente estressamos o dava para tirar. Por esse motivo, quando se entra no campo de industrialização e de edifícios altos com pré-fabricado abre-se um novo horizonte”. 

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