Associação Brasileira da Construção

Industrializada de Concreto

Industrializar em Concreto 17 - julho de 2019

INDUSTRIALIZAÇÃO EM PAUTA

Montagem é vital para a execução de obras em pré-fabricado de concreto

Cadeia da construção industrializada de concreto desenvolve estratégias e ferramentas que facilitam e modernizam os procedimentos de transporte e montagem das estruturas usadas em projetos em todo o país

Mercadinhos 
São Luiz - Fortaleza/CE

Cliente: Sam Participações
Tipo de estruturas utilizadas: pilares, vigas protendidas e lajes alveolares
Volume de concreto 
pré-fabricado: 1.400 m3
Fornecedor das estruturas pré-fabricadas de concreto: T&A Pré-fabricados

Um dos principais desafios vencidos na construção dos Mercadinhos São Luiz era área muito apertada utilizada para colocação do guindaste juntamente com a carreta

Outra dificuldade foi que a área disponível para colocação do guindaste juntamente com a carreta era muito apertada, sendo necessário o uso de guindastes tipo RT, que necessita de menos área para o patolamento e as manobras. “Não tínhamos área disponível para estacionar carretas dentro da obra, nem para estoque das estruturas pré-fabricadas. Dessa maneira, as peças foram içadas, quase na sua totalidade, diretamente da carreta para a posição final na obra”, diz Ponte, que acrescenta ainda que foi necessário rever o comprimento dos pilares usando emendas, pois só era possível usar carretas padrão (não extensivas), devido a impossibilidade de entrar no canteiro com veículos mais longos.
Para concluir a montagem, foi necessário fazer um planejamento prévio e executar platôs no meio da rampa de acesso à obra, onde se posicionava o guindaste. “As carretas tinham de descarregar pela traseira do guindaste, pois não havia espaço para elas ficarem ao lado do guindaste. Fizemos novos estudos, inclusive com planos de rigging que atendessem a nova situação, tudo em conjunto com a equipe encarregada da construção da obra”, explana Ponte. 
O rigor e o cuidado tomados pelos gestores da T&A na montagem da loja em Fortaleza também foram tomados no caso das 844 placas especiais em pré-fabricado desenvolvidas pela Leonardi Construção Industrializada para a conclusão da pista do Campo de Provas para caminhões e ônibus, recentemente construída pela Mercedes-Benz do Brasil, em Iracemápolis, no interior de São Paulo. Pela necessidade de todas as placas serem únicas e sem repetição de formato, a empresa teve de planejar e executar uma logística especial para o transporte e montagem das peças na obra. 
Segundo relata Alex Alves, gerente da fábrica da Leonardi, o transporte das placas entre a fábrica localizada em Atibaia, interior de São Paulo, e o canteiro, uma distância de 142 quilômetros, exigiu uma operação logística bastante complexa, pois, em razão da largura de 3,70 m das placas, não era possível levá-las na horizontal, em carretas comuns, pois isso demandaria licenças especiais para trânsito com excesso lateral, uso de batedores e escolta da Polícia Rodoviária Federal, exigências que atrasariam demais o processo de montagem, além de encarecer o projeto. 
Para o transporte das peças pré-fabricadas, a solução adotada, de forma pioneira no Brasil, foi o uso de carretas especiais in loader. Esse veículo, que tradicionalmente é empregado no transporte de placas de vidro, foi adaptado para possibilitar o transporte das placas na posição vertical, sem necessidade de licenças especiais das autoridades de trânsito. A adaptação envolveu o desenvolvimento de um rack exclusivo para estocagem que permitisse que a carga (com uma ou duas peças) fosse desconectada em campo e o veículo retornasse para uma nova coleta na fábrica. 
Como não havia peça repetida, a logística de transporte das estruturas tinha de obedecer a uma rigorosa programação, de maneira a não ocorrer equívocos na sequência da montagem e a peça ter de ser submetida a movimentações desnecessárias e aumentar os riscos de avarias. A instalação de cada uma das peças foi feita com um guindaste de 160 toneladas. Alves explica que calços foram posicionados sob suas extremidades para amparar a peça distante cerca de 5 cm da superfície. Por meio de um sistema tipo “macho-fêmea”, com barras e bainhas metálicas embutidas, as peças eram conectadas uma à outra. 

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