Associação Brasileira da Construção

Industrializada de Concreto

Industrializar em Concreto 18 - dezembro de 2019

ARTIGO TÉCNICO

ALMOFADAS DE ARGAMASSA MODIFICADA EM LIGAÇÕES DE ESTRUTURAS DE CONCRETO PRÉ-MOLDADO

R = σ / ?H / h)       (1)

onde σ  é a tensão aplicada,  ?h é a deformação da almofada e h é a espessura da almofada.

Fig. 6 Determinação da rigidez da almofada de 100 mm x 100 mm x 20 mm e mistura V5P3L30)

A Tabela 1 apresenta as rigidezes e as deformações das almofadas de apoio para um nível de tensão de 25 MPa, cujos valores correspondem à média de duas amostras. Cabe ressaltar que: a) a carga foi aplicada até 1800 kN para almofadas de 150 mm x 150 mm, correspondendo a uma tensão de 80 MPa, uma vez que as almofadas estão confinadas nas chapas da máquina de ensaio; b) a tensão de 25 MPa foi fixada para comparar a deformação das almofadas e c) a deformação das almofadas  incluía a parte inicial das curvas, como mostra a Figura 6.

Tabela 1  Rigidez e deformação de almofadas de apoio de 150 mm x 150 mm [6]

 

A partir dos resultados da Tabela 1, pode-se observar que: a) como esperado, a rigidez das almofadas diminui com o aumento da quantidade de vermiculita; b) quando a espessura aumenta, a rigidez das almofadas aumenta para o material desenvolvido e para a madeira, mas para as almofadas de cloropreno ocorre o contrário.
É possível aumentar a capacidade de deformação da almofada com a introdução de rugosidade na superfície. A Figura 7 mostra esta possibilidade.

Fig. 7 Introdução de rugosidade nas AAMs: a) fôrma montada b) detalhe da manta colada à fôrma c) demoldagem das almofadas e d) almofadas com superfície rugosa e superfície lisa [7].

Para um caso representativo de AAMs, foram obtidos os seguintes valores médios de rigidez: a) 449 MPa para superfície lisa em ambos os lados, b) 372 MPa para superfície lisa em uma face e rugosa na outra e c) 307 MPa para superfície rugosa em ambos os lados [7].
5. Testes simulando ligações submetidas a elevadas tensões de compressão.
A pesquisa apresentada em Ditz et al, 2016 [8] trata de blocos de concreto com almofada, visando aplicações em ligações sujeitas predominantemente à compressão com tensões relativamente altas, o que seria o segundo tipo de aplicação das AAMs.
A Figura 8 mostra os modelos utilizados. Os blocos de concreto utilizados, representando a ligação, são cúbicos com lados  de 150 mm. O bloco de concreto superior apresenta 4 ou 9 protuberâncias na face de ligação , com espessura variável de 0,0 mm (face plana), 0,5 mm, 1,0 mm e 1,5 mm. Essas protuberâncias têm o objetivo de simular imperfeições das superfícies de contato. A classe de resistência à compressão do concreto também varia, com o objetivo de atingir os valores de 40 MPa, 65 MPa e 90 MPa. São também analisados os efeitos da excentricidade da resultante de compressão e do carregamento cíclico. 

Fig. 8: Modelos utilizados: a) AAM, b) blocos de concreto, com e sem protuberâncias, c) ligação sem AAM, d) ligação com AAM e e) modelo pronto para ser testado [8].

É ainda incluída a análise de moldagem no bloco com a almofada, o que corresponde a incorporar as almofadas nas extremidades dos elementos pré-moldados, por ocasião de sua moldagem. Com isto, na montagem, a ligação entre os elementos equivaleria a contato direto. 
A Figura 9 apresenta os resultados dos ensaios de transferência de tensões de compressão, em função da espessura das saliências dos blocos que simulavam as imperfeições superficiais dos blocos de concreto, bem como a ausência ou presença da AAM para concreto da classe de resistência de 65 MPa. 

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